O filme Pisque Duas Vezes, lançado em agosto de 2024, trouxe à tona uma narrativa sombria que tem gerado intensas discussões e paralelos com as acusações enfrentadas recentemente pelo rapper Sean “Diddy” Combs.
A trama, dirigida por Zoë Kravitz, segue Frida, uma garçonete que aceita o convite do bilionário Slater King para passar férias em sua ilha particular, junto com sua melhor amiga, Jess.
Porém, o que parecia ser uma viagem dos sonhos rapidamente se transforma em um pesadelo, quando eventos perturbadores e segredos sinistros vêm à tona. Entenda a relação e os detalhes do filme!
Enredo da obra
No filme Pisque Duas Vezes, somos apresentados a Frida, uma jovem garçonete que embarca em uma viagem aparentemente paradisíaca para uma ilha particular, a convite do influente bilionário Slater King.
O convite surge de forma inesperada e a promessa é de dias de descanso e diversão. Frida leva consigo sua melhor amiga, Jess, e ambas estão ansiosas para desfrutar de uma experiência única e exclusiva.
Logo após a chegada à ilha, as coisas começam a tomar um rumo estranho e sombrio. Frida percebe que as festas luxuosas que Slater organiza não são tão inocentes quanto parecem. Além da ostentação e do glamour, há uma inquietante sensação de que algo não está certo.
As convidadas, vestidas em trajes brancos padronizados, são induzidas a consumir substâncias misteriosas que parecem apagar suas memórias e deixar suas vontades à mercê de Slater.
Semelhanças do filme com a vida real
No filme, as jovens que frequentam as festas na ilha são frequentemente obrigadas a vestir roupas brancas, um detalhe que ressoa com as famosas “White Parties” de Diddy, eventos que se tornaram lendários no mundo das celebridades.
Quando Jess desaparece misteriosamente, Frida se vê imersa em uma trama de abuso, manipulação e controle, que remete a relatos de festas onde substâncias ilícitas eram usadas para tornar as mulheres vulneráveis. Embora o filme inclua elementos de ficção científica — como um “perfume” capaz de apagar memórias e venenos que podem despertar lembranças —, a essência das situações de abuso que retrata soa perturbadoramente familiar e assustadoramente realista.
As correlações entre o filme e a vida real não param por aí. Recentemente, Diddy foi preso sob acusações sérias de tráfico sexual e agressão, após anos de rumores sobre suas festas secretas e questionáveis.
No entanto, a prisão do rapper só ocorreu após a divulgação de vídeos e provas contundentes de sua conduta abusiva e violenta. Ainda que Diddy tenha negado todas as acusações, essas festas exclusivas, muitas vezes frequentadas por celebridades, ao que parece teriam sido palco de eventos obscuros e repetidas denúncias de abusos.
A imagem de Diddy como um astro influente no cenário musical se desmoronou, revelando um lado de sua vida onde o poder e a fama foram usados para controlar, manipular e abusar de mulheres.
Um detalhe significativo que reforça a conexão entre o filme e as acusações é a presença de substâncias ilícitas, que parecem ter sido usadas em suas festas para garantir a submissão das convidadas.
Além disso, segundo depoimentos, muitas mulheres teriam sido coagidas a participar das festas com promessas de glamour e oportunidades, mas acabavam sendo presas em um ciclo de abusos.
Um detalhe perturbador no filme é a presença de um personagem que, apesar de estar na ilha, não se lembra das noites de abuso, implicando uma amnésia induzida.
Este elemento fictício pode ser interpretado como uma metáfora para os muitos que, na vida real, podem ter presenciado ou mesmo participado desses eventos, mas escolheram silenciar diante do poder e da influência do rapper.
Reflexão final
É lamentável que o filme reflita situações que ocorrem na vida real, lembrando que a linha entre ficção e realidade é, muitas vezes, mais tênue do que gostaríamos.
Para aqueles que já sofreram abusos ou manipulação, as cenas retratadas no filme podem ser difíceis de assistir e até mesmo desencadeadoras de lembranças dolorosas.
Em todo caso, trata-se de uma obra interessante que nos relembra que nem tudo que parece ser bom, realmente é… vale a pena assistir e mergulhar no suspense psicológico das cenas!
Formada em Marketing, apaixonada por boas histórias, gastronomia e viagens.
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